domingo, 21 de maio de 2017

Tratata como a pior pessoa.

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Resolvi passar aqui e bater na porta do seu apartamento para resolver o que tem ficado pendente. Me pedisses um tempo e mesmo depois de quatro meses tens me tratado com repugnância. Confesso que trair é errado e super injusto. Você não merecia, mas não achas que pensei demais e me julguei bastante? Não fiquei bem comigo mesma e precisei me abrir para você. Não poderia simplesmente passar por cima dessa situação, olhar para ti e fingir que nada aconteceu. Pedi perdão e aceitei o tempo que precisou para processar, mas cheguei ao meu limite, Nícolas. Não mereço ter ligações desligadas em minha cara, nem tampouco ter beijos frios. Pior ainda é sempre que discutimos, ter que ouvir passar em minha cara o meu erro. Eu te amei muito, mas um beijo em um desconhecido numa viagem a trabalho não anulou o meu sentimento. Não mereço, nem aceito o que estejas fazendo. As coisas não funcionam assim e eu não preciso desse tipo de amor. Já perdoei diversos erros e mentiras suas e nunca te humilhei por conta delas. Agora que acontece comigo me tratas como se fosse a pior pessoa do mundo? Eu não vou levar esse peso de consciência que você joga em mim cada vez que a gente briga. Se você não fosse capaz de me perdoar, que me avisasse que eu teria seguido em frente. Eu nem quero mais esperar que você aceite, nem quero dar mais tempo para que as coisas se ajustem. Para mim já chega e nosso tempo juntos acaba hoje mesmo. Adeus.
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Hoje estou em paz.

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Sinceramente, não deu pra arrumar a casa hoje. A louça na verdade ainda é a de sexta feira. Parece que sobrou outra garrafa de vinho na geladeira mas o saca-rolhas quebrou. Meu cabelo tá desarrumado, ainda não tirei a maquiagem e nem devolvi os filmes que peguei na locadora semana passada. Confesso que ainda não deu tempo de assistir. É bem verdade que não me adaptei bem aos filmes online, mas o carinha que trabalha lá sabe que eu sou cliente assídua e sempre perdoa meus atrasos. Perdão é o que eu hoje me dou após tantos anos. Sinto que estou em paz comigo mesma. Confesso que não me importo com meu peso, como me preocupava há dez anos atrás. Os finais de semana que eu tanto procurava alguém para sair, hoje são melhores na companhia da minha taça com vinho e ouvindo as músicas que embalaram minha adolescência. A Laura e a Marcela casaram e estão com seus respectivos maridos e filhos. Sortuda eu ou elas? Não deu pra pensar nisso hoje. Sorte é viver bem consigo mesma e além de tudo ter um saca-rolhas reserva - risos. Nosso trio era imbatível, mas ainda estou aqui firme e forte. Nem fiquei pra tia, nem pra cuidar de gatos. Não fiquei na de ninguém. Fiquei na minha mesmo. Minto! Essa semana conheci uma cartomante e como quem não quer nada, perguntei como que fazia pra trazer o Ricardo em 5 dias. Tive crise de risos com ela e depois de ouvir as sugestões, a disse que preferia deixar do jeito que estava. Eu o amava, mas o amo ainda mais sendo feliz e amando na bagunça de outro alguém. A Marcela inclusive disse que ele está prestes a voltar com ela. Confesso que prefiro brindar a felicidade dos dois, mas meu saca rolhas está quebrado, não é mesmo? - risos. Eu talvez também esteja quebrada, mas juro que tô me consertando e dessa vez é pra valer. Nem perdão, nem sorte. Hoje eu só quero ficar no meu canto quieta e se alguém por mim perguntar espero que digam que hoje estou em paz.
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terça-feira, 16 de maio de 2017

Não volta não.

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Faz um tempo que tenho tentado entrar na tua vida, não é de hoje, nem de ontem, mas de sempre. A vida sempre deu um jeito de me afastar desse plano. Confesso que cheguei a pensar que aqui não voltaria e que esse sonho pudesse ser um caso encerrado. No decorrer dos anos eu precisei viajar e morar em algumas cidades diferentes, mas acabei voltando para cá para passar mais tempo com a família, entrar numa faculdade e conhecer você. Nunca soube o que sentira de fato, nem pudera dar nome, mas de tão forte me trouxe até aqui de novo. Uma vez ouvi que a gente só ama o que se conhece e aqui estou para te conhecer e saber se o que sinto é amor. Deixei o carro algumas vezes em casa para ver se esbarrava contigo no ônibus que pegávamos para ir a escola. Fiquei muito feliz ao vê-la e ainda mais feliz com sua surpresa por ter me visto depois de anos. Outras vezes fiz questão de pegar o carro e te deixar na porta de casa na volta do trabalho. Soube que faz um tempo que separou e que está prestes a voltar para o ex. Mesmo sem ter direito a pedir isso, espera um pouco mais, Lorena. Nunca esqueci do teu abraço em 11 de julho de 2007 e carrego um pouco de ti até hoje. Eu sei que chegou a época de pensar no futuro, ter um relacionamento sério, ter um diploma, casar e formar uma família. Espera um pouco mais, por favor. Eu preciso que você confie que o melhor está por vir e por hoje é o que posso te pedir. Talvez soe bem tarde eu chegar aqui agora, mas certamente espero o momento de poder te dizer: Não volta não e fica comigo.
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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Por trás de um grande homem, há uma grande mulher.

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Benício esbarrou comigo na quermesse, na igreja da barra em Salvador. Veio do interior para capital para fazer curso pré-vestibular para entrar no curso de direito. Fugia do padrão de novelas, mas fazia parte do meu. Dançamos um forró que acabou terminando num abraço demorado. Seu olhar buscava uma nova oportunidade em uma cidade grande, que também não fugia de um grande amor. Combinamos que sairíamos algumas vezes. Trocamos telefones e quando cheguei em casa logo trocamos mensagens. Três dias depois fomos atrás de apartamentos e pensionatos. Ele se achava incapaz, mas sempre o coloquei para cima, incentivando-o e com fé de que passaria no vestibular em 2010. Certamente o que havia me chamado atenção era seu ar ingênuo de homem do interior. Eu já havia cansado de homens espertos demais e só pelo fato dele ter aguentado minhas crises existenciais por três meses, me fez dá-lo o título de: O cara. Infelizmente acabou não passando e logo dei força para que desse certo no ano seguinte. Nosso relacionamento foi uma história legal. Sempre que dava estudávamos juntos e íamos a praia. Em 2011 ele havia atingido a nota suficiente e tínhamos certeza de que passaríamos. Sim, juntos. Apesar de tudo, éramos um. Antes de voltar para sua cidade, tivemos uma discussão feia. Mas eu tinha certeza de que a poeira abaixaria e que logo estaríamos bem novamente. Sua nota havia sido tão alta que ele tinha ganhado uma bolsa numa faculdade de direito em São Paulo. Mandou uma mensagem terminando o nosso relacionamento, agradeceu por tudo e que já estava dentro do ônibus a caminho do seu sonho. Eu que estava ao seu lado o tempo todo fiquei em segundo plano ou em último. Confesso que me senti culpada pela nossa briga. Confesso também que fiz tudo que estava ao meu alcance para que déssemos certo. Afinal, era com ele que eu sonhava me casar um dia. Aceitei e descansei. Fico feliz de ter amado-o e apoiado-o. Se tivesse outra oportunidade, faria outra vez.  Sinto que fiz meu papel e estou em paz por isso. Desejo-o sucesso e quem sabe um dia ele reconheça o ditado que dizem por aí: Por trás de um grande homem, sempre há uma grande mulher. 
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Quando o destino fez acontecer.

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Pedro tem sido meu melhor amigo desde meus treze anos. Acabei conhecendo sua família e me interessado bastante por sua irmã, que era cinco anos mais velha que nós. Helena era inteligente demais e eu não sabia competir com os mais experientes. Na realidade ela nunca me deu bola e sempre fui o amigo-do-irmão-mais-novo. Sempre me sentia insuficiente ao vê-la nas festas beijando caras mais velhos da universidade em que estudava. Mesmo assim, persistia e fazia de tudo para tê-la com a pouca maturidade que possuía. Aos dezoito tudo mudou e acabei abrindo meu coração na virada do ano. Me ouviu atentamente, mas disse que havia ganhado uma bolsa de estudos para a Argentina. Agradeceu pelo meu afeto, mas que ela tinha novas prioridades. O fato de ela ter me tratado com respeito e por não me ver mais como um cara mais novo, me fez amá-la ainda mais. Apesar de triste, não podia pedir ou questionar nada. Foram tempos difíceis, até que entrei na universidade. Lá fiz novas amizades, alguns amores e entrei num projeto latino-americano que seria a chave final da minha conclusão de curso e que me proporcionaria um trabalho fora. Me dediquei ao espanhol e pelo que tudo parecia, me mandariam para o México, mas me inscrevi para Argentina caso o destino fosse a favor do antigo sonho. Confesso que já não sentia tanto por ela. Pedro me passou seu número e logo entrei em contato. Em maio desembarquei em Buenos Aires e lá estava ela para me recepcionar. Confesso que ao vê-la fiquei sem palavras e havia voltado aos dezoito. Seu olhar de impressionada por me ver, me deu crises de riso. Logo me deixou no hotel e despediu-se com um beijo e sussurrando no meu ouvido: Estou solteira. O mundo havia parado naquele momento. Saímos inúmeras vezes juntos, mas nunca tivemos nada demais. Me despedi pois já era hora de voltar para o Brasil para me formar, mas ela havia ficado triste. Um mês depois voltei para a capital argentina e quando finalmente me senti suficiente bati em sua porta, disse que dessa vez não iria embora e a pedi em namoro. Quem hoje me vê feliz, não sabe o quão difícil foi ter guardado em meu coração um sonho tão grande como este. Esse amor do passado realmente tinha que acontecer.
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