sábado, 28 de janeiro de 2017

Dessa vez não deu.

Ela sabia jogar de um jeito como ninguém. Era o amor da minha vida, mas sempre escondeu seus sentimentos e verdades de mim. Eu era bem apaixonado pelas suas frases e sorrisos ou talvez por toda essa projeção, mas tinha fé que com o tempo ela confiasse em mim. Afinal, éramos um casal. Numa quinta feira de manhã ela foi tomar banho e deixou seu celular na cama. Visando ter um dia só nosso, precisei dele para ligar para o escritório para desmarcar uma reunião. Antes de ligar eis que surge uma mensagem de seu ex dizendo que não via a hora de se encontrarem no sábado. Eu já a havia perdoado outra vez, mas dessa vez não deu. Me veio toda a decepção e ira, mas já não era a primeira vez. Sendo assim, respondi e apaguei as mensagens, confirmando um encontro na cafeteria onde a tinha conhecido pela primeira a vez na sexta feira, as 11h. Pedi também para que não entrasse em contato até o dia seguinte. Naquele momento eu desabei, mas tive forças para me reerguer. Na sexta acordei decidido de que era o fim. As 11:00 chegamos na cafeteria. Quando ela o viu, vi suas mãos gelarem e sua voz gaguejar. Com decepção no coração, com um buquê na mão a entreguei, pedi para descer do carro e disse que não pude esperar até o sábado. Com meus olhos repletos de ira e com nó na garganta eu disse adeus.
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Dessa vez eu escolhi o nosso amor.


Havíamos discutido três meses atrás, trocamos farrapos e pela primeira vez palavrões. Chegamos ao limite que sempre tentamos evitar. Gritei e o expulsei de casa. Enquanto ele dobrava suas roupas, eu chorava na cozinha por ter dito coisas tão rudes. Queria pedir desculpas e o abraçar, mas o orgulho já tinha criado uma barreira grande demais. Suas palavras nunca tiveram condenação, mas suas atitudes me rasgavam de ódio. Do seu silêncio, eu interpretava cinismo. Andávamos muito mal. Até na nossa cama não havia mais calor. Estávamos em crise e eu não tinha mais controle da situação, logo eu que sempre tomei a frente e decidi tudo para nós. Arrastada pelas minhas amigas de bar à festas eu tentava disfarçar a dor. Bebia para esquecer, mas pela manhã a ressaca fazia questão de me lembrar quem era a razão daquela dor de cabeça. Já não nos falávamos mais e nossa banda favorita viria a cidade dia 21 de março. Comprei os ingressos e fui sozinha. Meia hora depois tentei ficar perto do palco e esbarrei com um cara alto, camisa preta e barba por fazer. Era ele! Fiquei surpresa ao vê-lo e comecei a chorar. Ele logo me abraçou, disse que me amava e que não estava aguentando mais a distância. Não consegui falar e ele me roubou um beijo. Conversamos, pedi para que ele voltasse para casa e ao fim do show pegamos suas malas e fomos direto para nossa cama. Acendemos nosso amor e renovamos nossos votos. Dessa vez eu decidi amar e abandonar o orgulho. Dessa vez eu decidi escolher o nosso amor.
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