sábado, 11 de fevereiro de 2017

O cara que me compreendeu.

love, couple, and hug image

Religiosamente aos sábados eu me sentia sozinha e logo martelava na cabeça a ideia de ter alguém ao meu lado. Nos outros dias da semana a rotina me levava e eu me tornava autossuficiente curtindo minha própria companhia. Quem não compreendia, sorria e me chamava de bipolar, mas não o cara que conheci no elevador do shopping a sete semanas. Num sábado eu resolvi sair de casa para comprar doces e acabei ficando presa no elevador com ele por dezessete minutos. Enquanto esperávamos a companhia para resolver o problema, ele descaradamente me pediu um chocolate e disse que deixaria mais para que eu comesse durante minha tpm. O achei abusado e dei um pedaço para ele sorrindo pela sua atitude. Logo perguntou meu nome e disse que não imaginava ter um encontro inusitado num elevador. Foram os dezessete minutos mais engraçados da minha vida. Ele fazia o tipo do galanteador-solteiro-destemido-descarado que também curtia a própria companhia. Parecia ser um cara legal e não os babacas que davam em cima de mim todos os dias no trabalho. Logo tirou uma garrafa de vinho de sua mochila e brindou o nosso encontro ao futuro. Me deixei cair na brincadeira e brindei nosso noivado, nossa casa e nosso futuro. Rimos bastante e rolou um beijo. Saímos de lá de mãos dadas e ele logo me convidou para terminar a garrafa de vinho em sua casa. Ao chegarmos ele ligou o som, começou a dançar meio desengonçado e logo me chamou também. Terminamos a garrafa de vinho e acabamos na cama. Eu que não esperava por nada agradeço ao acaso pelo meu coração estar bem acompanhado de alguém repleto de bom humor. Hoje não sei o que seria dos meus sábados e de toda a semana sem ele.

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