sábado, 24 de junho de 2017

Tem de ser você.

Sempre me senti importante ao ouvir você dizer que eu era o seu homem. Desde que você chegou, as coisas mudaram. Meu cabelo ganhou um novo corte, você começou a organizar minhas finanças e a cortar gastos desnecessários. Deixei você assumir o controle de coisas que antes eram totalmente minha responsabilidade, para ver como outra pessoa lidaria com tudo isso. Fiquei surpreso ao perceber como você poderia me ajudar.

Com você, aprendi mais sobre moda e a me vestir melhor. Antes, qualquer coisa servia, mas agora presto atenção aos detalhes até nas coisas mais simples. Hoje, estou aqui, apaixonado, escrevendo esta declaração. Meu banheiro está cheio de produtos de beleza, e olhando para a estante, vejo que faltava alguém para preencher todos os espaços vazios.

Não me importo com o que as pessoas dizem sobre nós estarmos sempre juntos, pois sabemos que não é toda a verdade. A verdade é que eu quero casar com você. Não porque estou no auge da paixão, nem porque estou cego de amor, mas porque pensei muito e esperei meses para conhecê-la por dentro e por fora.

Já me acostumei a levar chocolate para você naqueles dias, sei que você é linda ao acordar com os cachos no cabelo. Você reconhece meu tom de voz triste ao telefone e, mesmo com toda a correria, sabe preparar o melhor jantar e me fazer uma massagem depois do banho.

É que, apesar de tudo, encontrei alguém a quem posso contar meus medos, inseguranças e ansiedades. Nunca soube o que era ser cuidado por alguém assim. Anos atrás, jamais pensei que escreveria algo assim para alguém, ou que sentiria vontade de casar. Parabéns a você por mudar esses conceitos e se tornar a pessoa mais incrível da minha vida. Não tenho mais dúvidas de que é você, Roberta.

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domingo, 18 de junho de 2017

O homem dos filmes.

Desde o término dos meus pais, aprendi com minha mãe e seus relacionamentos a sempre ter um plano B por precaução. Esse ciclo nunca parecia ter fim. Os filmes românticos sempre vendiam algo que não se encaixava na minha realidade, por isso nunca fui fã desse gênero. E então, como previsto, apareceu alguém na minha vida.

Júnior era bonito, atencioso, tudo aquilo que os filmes nos fazem desejar, mas que na vida real nem sempre é assim. Ele me mandou flores, chocolates e os deixou no meu trabalho anonimamente no dia do meu aniversário. À noite, agradeci pela surpresa, que realmente tinha sido dele. Ele era legal, mas ser legal nunca foi suficiente para mim. Não havia mistério, ciúmes, tudo estava claro demais. Dizer isso faz parecer que eu prefiro os cafajestes e os que pisam nas mulheres. De jeito nenhum! Previsibilidade nunca me atraiu, e com ele sempre soube qual seria o próximo passo. Sua mãe tentou me deixar à vontade na família, mas não deu certo. Eu, que sempre gostei de um desafio e de uma boa competição, não me contentei com tanta tranquilidade.

Talvez eu não seja a pessoa certa para os bons rapazes, porque sempre estive viva e pronta para o jogo. Para poupá-lo, decidi terminar antes que ele criasse mais expectativas sobre "nós". Não podia permitir que ele mudasse quem era só para me agradar, sendo artificial. Quando disse que não éramos compatíveis, ele aceitou com tristeza. Desapareceu das minhas redes sociais e não respondeu mais minhas mensagens. Deve ter se arrependido de ter me dado as flores e chocolates, que, aliás, foram os melhores que já recebi.

Sempre disse que não gosto de magoar alguém, mas sempre foi inevitável. Agora, com Rodrigo, tenho certeza de que ele é o encaixe perfeito, alguém que foge do comum e me deixa intrigada. Todos merecem um final feliz, mas não é preciso mudar ou se adaptar para encontrar alguém. Cada um faz suas escolhas. Quanto ao Júnior, desejo que encontre sua felicidade e acredito que um dia ele encontrará alguém que sonhe com um homem como nos filmes.

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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Segunda chance.

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Era agosto, mas só depois de alguns meses ela quis conversar comigo. Nem cogitei ser prepotente e pensar que só depois de algum tempo ela precisasse de mim, até por que estive a espera por esse momento. Em janeiro mandei minha última mensagem. Ela havia acabado por que não sabia o que fazer com as minhas faltas, nem tampouco como conciliar a responsabilidade de criar seu filho e de como ter que bancar uma casa sozinha. Seu medo ao meu ver era que eu fizesse parte de sua vida, assumisse uma família e em algum momento caísse fora, exatamente o que seu ex fez assim que teve a oportunidade. Eu já a conhecia através de amigas de escola, mas ela já namorava com um outro cara desde o ensino médio. Aqueles relacionamentos de adolescência que daria em casamento, sabe? Quando ela deu um tempo com ele na época saímos varias vezes juntos e ficamos. Sempre tive dúvidas se o filho era meu, mas ela nunca tocou no assunto. Havia andado muito ausente com trabalho de conclusão de curso, estágio, trabalho e mal tive tempo para dar-lhe amor. O tempo que eu tinha era só meu e algumas vezes eu mandava uma música com mensagem de boa noite e um eu te amo. Eu a amava mesmo, mesmo que eu não demonstrasse tanto. Desde março eu estava decidido de que faria tudo acontecer, mas o tempo cuidou de tudo sozinho. No começo de agosto bateu em minha porta dizendo que não pudera mais guardar este segredo e que precisava conversar comigo. Suas palavras de saudade me encheram de amor e logo me contou que o filho era meu. Eu não estava surpreso até porque sempre suspeitei, mas desapontado por ela não ter me contado antes. Apesar disso nos demos uma segunda chance, conheci de fato o meu filho, a perdoei e ela me perdoou pelas ausências. Segunda chance foi tudo que precisamos para sermos sinceros, presentes e continuar nossa história mas dessa vez como uma família. 
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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Não teve saída.

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Com você não teve saída. Você me deu duas escolhas: se eu ficasse, permaneceríamos juntos mas se eu partisse teríamos que acabar. Acabei não por falta de afeto, mas por que eu precisava encontrar meu norte. Eu gostei muito de você, mas eu achava que não era amor. Pelo menos não ainda. Não sei se você recebeu os cartões postais que enviei de Estocolmo e de Berlin, mas eu tinha que viver essa vida aqui, Diego. A vida que você nunca deu muita bola pra viver. Admito que quando falávamos de filhos eu fugia do assunto. Eu nunca soube como administrar uma vida no Brasil com tão pouco. Comprar uma casa na praia sempre foi limitado para mim e desde criança eu sonhei com a Europa. Talvez você tenha achado que eu desistiria desse sonho ao me formar e aceitar ser sua noiva. Desde o começo eu fui sincera com você sobre os meus planos. Nunca menti para te manter perto, nem nunca disse que o amava. Talvez pela falta dessa palavra que existem em todos as legendas e despedidas de casais por aí, você tenha achado que eu nada queria contigo. Balela! O fato de sermos muito amigos nunca estragou o nosso relacionamento, até por que minha cena favorita sempre foi agarrá-lo ainda molhado após sair do banho. Eu ainda gosto muito de você e sinto falta dessas cenas todos os dias. Eu te quero de volta, mas aqui comigo. Tenho esperanças que dessa vez possa ser diferente e concordo em fazermos terapia como havias me proposto algumas vezes. Sempre fiz de tudo por você e sempre me senti amada por ter feito o mesmo comigo. Certamente és o homem que eu quero passar o resto da minha vida. Mas tenho minhas dúvidas, será que vais deixar teu orgulho de lado, voltar atrás na palavra de que nunca viria atrás de mim e aceitar construir nossa vida aqui? Andei procurando vagas de emprego para você e estou convicta de que vai dar certo. Estou me mudando pra Portugal em agosto e Porto seria ainda mais incrível com você ao meu lado. Não deixa o orgulho vencer outra vez! Depois de realizar esse sonho aqui e refletindo bem, eu confesso que realmente eu sempre te amei.
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